Com 14,5% da população nacional apresentando algum tipo de deficiência, o esporte adaptado ganha força como oportunidade para uma nova vida
Por Jéssie Panegassi
Fonte:revistavivasaude.uol.com.br
O aspecto psicológico também deve ser considerado, pois "aquele que já nasceu com uma deficiência, nunca se viu sem ela, e sempre vivenciou essa condição. O desafio é aprender a se ver de outra maneira e se adaptar a um novo estado", explica Iracema Madalena, psicóloga da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Nos casos de deficiência adquirida, é preciso conferir-lhes tempo para "trabalhar o próprio luto pela mudança ocorrida", completa.
A iniciativa de incorporar a atividade física num processo de recuperação pressupõe aceitação da deficiência. "Isso não significa acomodação. A adaptação gradativa a essas situações é um processo muito diferente em cada caso", afirma a psicóloga. O médico que acompanha o caso normalmente indica uma modalidade esportiva, mas nunca a impõe. A pessoa é sempre livre para escolher as opções que mais lhe agradem. Esse é o caso de Iezza Sousa, de 14 anos, que pratica natação, remo e capoeira na AACD.
A pessoa é sempre livre para escolher o esporte que mais lhe agrade |
Se o apoio dos
especialsitas é importante, o da famíliaé fundamental |
uia para familiares, amigos e atletas iniciantes*
● É muito importante que os pais, principalmente, mostrem que realmente acreditam no futuro e potencial do atleta. Dê a oportunidade para que isso acontça com eles.
● Familiares e amigos devem apoiar totalmente a iniciativa do atleta de praticar várias modalidades de esporte. Sem essa ajuda, tudo fica muito mais difícil.
● Mesmo que o responsável trabalhe e não tenha como estar sempre perto para ajuálos, converse com alguém e peça auxílio para que eles possam sentir-se supridos. Rejeite a crença de que sua família está sozinha nessas circunstâncias e aceite a ajuda disponível. A ideia é não isolar o grupo familiar nem a pessoa que praticará a atividade.
● Todo atleta precisa treinar bastante para poder superar os seus próprios limites. Mas aqui não se trata apenas da prática esportiva mas também da deficiência em si mesma.
● Mo que você ache que não gosta de praticar esportes, tente. Hoje as práticas paralímpicas estão crescendo muito. Lembre-se de que vai ser difícil, e qualquer esporte é difícil, a maioria já pensou em desistir. Mas lute por aquilo que você quer. Já ouviu falar daquela história do "eu quero, eu posso, eu consigo"? Esta é uma é verdade.
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